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3 meses atrás - 17/06/2020

Policial civil morre de Covid-19 e sindicato denuncia falta de proteção para profissionais em MT: 'Abatedouro'

Edimarcio da Silva Moraes, de 44 anos, morreu de Covid-19 em Sinop (MT) — Foto: Facebook/Reprodução
Edimarcio da Silva Moraes, de 44 anos, morreu de Covid-19 em Sinop (MT) — Foto: Facebook/Reprodução

Um investigador da Polícia Civil morreu em decorrência da Covid-19, nesta quarta-feira (17), após quase 10 dias internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em Sinop, no norte do estado.



Edimarcio da Silva Moraes, de 44 anos, trabalhava como policial no estado há mais de 16 anos. Ele teria contraído o novo coronavírus durante o trabalho.



Até a semana passada, 23 policiais testaram positivo para a Covid-19 e outros 33 com sintomas de contaminação aguardavam resultado da testagem. Os dados são do Sindicato dos Investigadores da Polícia Civil de Mato Grosso (Sinpol).



Não se tem estimativa de contaminados assintomáticos.
 


“Temos mais de 30 policiais contaminados em tratamento. É por isso a nossa indignação. O governador e os secretários dele deveriam segurar em uma aba do caixão e os juízes segurar na outra para saberem a dor que é alguém morrer por falta de decisões e apoio por parte do estado e Justiça”, declarou o presidente do Sinpol, Gláucio de Abreu Castañon.


Na última sexta-feira (12), uma liminar concedida pela Justiça do Trabalho em favor do sindicato determina que o estado forneça equipamentos de proteção a todos os policiais civis do estado. No entanto, segundo Gláucio, a decisão ainda não foi cumprida.
 
“Estamos esperando o estado fornecer testes para que possamos visualizar um cenário mais próximo da real situação. Policiais que tiveram contato com pessoas contaminadas me ligam a todo momento e não se sabe onde buscar apoio, não se sabe onde recorrer”, disse.



O G1 entrou em contato com a assessoria do governo do estado, mas até a publicação desta matéria não obteve retorno.



Gláucio acredita que o número de policiais contaminados é maior, já que a maioria estaria assintomático e outros, que já apresentam sintomas leves, ainda não conseguiram fazer o teste.
 


“Na rede pública de saúde só vai fazer o teste se estiver com sintomas, ou seja, coloca o policial para trabalhar como se fosse em um abatedouro e quando ele procura apoio não encontra”, lamentou.

FONTE: G1 MT