A dengue é uma doença infecciosa, febril, aguda, provocada por um vírus, que pode se manifestar de forma benigna ou grave. Transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, a patologia apresenta todos os anos inúmeros casos.
De acordo com o Ministério da Saúde (MS), apenas nos três primeiros meses do ano, com uma incidência de 75,8 por 100 mil habitantes, o Brasil registrou mais de 161.605 notificações de prováveis infectados. O MS informou também, que no primeiro bimestre de 2022, Mato Grosso apontou 30 óbitos e 128.379 casos. No município de Sinop, do dia primeiro de janeiro até o dia 27 de abril, cerca de 1.508 notificações foram confirmadas.
No entanto, esses casos podem ser prevenidos com o auxílio da Dengvaxia, vacina fabricada pelo laboratório francês Sanofi Pasteur, a primeira (que se tem registro) e única vacina contra a dengue disponível no Brasil.
Para a população de Sinop e região, o imunizante com 93% de eficácia na prevenção de dengue grave e hemorrágica, é oferecido pela Clínica de Vacinas Hospital e Maternidade Dois Pinheiros.
“A Dengvaxia, é uma vacina utilizada para ajudar a proteger contra a doença causada pelos sorotipos 1, 2, 3 e 4 do vírus da dengue. Foi aprovada para o uso infantil e adulto, dos nove aos 45 anos de idade. E pode ser aplicada em pacientes que nunca tiveram dengue, ou que já foram contaminados pelo vírus”, explicou a médica e diretora administrativa do Dois Pinheiros, Anna Yanai.
O esquema de vacinação consiste em três injeções a serem administradas por via subcutânea, com intervalos de seis meses.
“A vacina contra a dengue precisa ser injetada com cautela, para que o imunizante ofereça o resultado desejado. É importante que o paciente entenda que a vacina é apenas para prevenir os casos graves da doença”, pontuou.
A Dengvaxia, não é oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, uma nova vacina está sendo desenvolvida pelo Instituto Butantan para ser disponibilizada pelo Sistema.
“Apesar da eficiência do imunizante, a vacina não garante prevenção contra outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, como o Zika vírus e a febre chikungunya. Então a prevenção contra a procriação do mosquito deve continuar”, alerta.